terça-feira, 15 de abril de 2008

Tic-Tac


Estou correndo muito, mas não saio do lugar, algo me persegue. Olho para trás e não vejo nada só escuridão. Porém, ouço "tic-tac", ele está próximo.
De um lado para outro eu observo e continuo a correr inutilmente, “tic-tac” perto demais agora, olho novamente para trás, consigo enxergar formas conhecidas agora, mas não sei distinguir o que. Paro a corrida sem destino e analiso a forma que começa a ganhar sentido: números! Um enorme relógio de ouro branco, distorcido completamente, corre em minha direção, dou um passo à frente e caio. Acordo em um enorme rio, um rio... marrom? olho assustada, penso: "Um enorme rio de chocolate!" mas talvez aquele sonho ainda não tivesse chegado tão longe assim, era apenas café. Aquele sonho estava ficando ruim demais, como acordar? talvez um pouco de café amargo me leve de volta para a realidade. Bebi e como um impulso acordei na mesa gelada da escola. Olhei, talvez o café não estivesse tão ruim assim. Doce realidade.
Quadro: Salvador Dali
Texto: Emanuela

Um comentário:

Anônimo disse...

amei