quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

metas

Não sei quem, hoje, sou. Porém, tenho uma meta. Acredito que o Homem não é nada sem metas. Posso não saber quem sou, mas pelo menos a minha meta eu tenho. Meta: Quando eu tiver 70 anos, eu quero ser um homem negro com black power branco.
[texto: Emanuela']

sexta-feira, 3 de outubro de 2008




É, parece que os meus olhos não podem mais seguir os teus, cobertos com uma felicidade ilusória. Sei que o que mais me atinge, é saber que você não se contenta com o que tem, tendo mais que todo o mundo. Pare de nos machucar, meu bem, pois cada palavra que refere-se a você de forma danosa, faz com que pedaços de mim sejam arrancados sem piedade. Porfavor, não peça desculpas, meus pedaços não vão mais retornar. Apenas fique bem, para que o meu coração possa sorrir sossegado. Me despeço agora dos olhos teus, que a minha penitência já paguei. [texto incompleto]

Texto: Emanuela
O desenho Bonito : Emanuela

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Camelo...



Todos os olhares o seguiam em todos os lugares. Quanto mais o olhava e ouvia, mais o desejava. Doce canção que passava pelos meus ouvidos percorria todo o meu corpo e fixava-se na minha alma. Esperei anos por aquele momento que demorou tanto para chegar e passou antes que eu pudesse tocar. Pude ver de perto toda a perfeição que nele continha, meu peito se encheu de alegria, sua voz e sorriso, sentia uma enorme gratificação. Abracei-o, o mais forte que consegui para retirar toda a essência daquele momento. O cheiro, a textura da sua roupa, pele, um era o complemento do outro a caminho da perfeição. Fazendo com que meu corpo se desse por satisfeito.

(emanuela)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

cogumelilite


"Duention era pequeno ainda, porém, sábio. Com seus recém completados oito anos, falava apenas o necessário, estranho para uma criança da sua idade. Morava com sua avó. Ambos tinham o mesmo tamanho, talvez ela fosse um cm menor, quase imperceptível.
Moravam em um enorme cogumelo, velho e quase caindo aos pedaços. Seu vilarejo, cogumelilite, fora devastado pelas pragas há algumas semanas, só restaram poucas famílias, outras foram procurar abrigo em outro lugar.
Certo dia, Duention foi para perto do arco-íris. Sua avó sempre dizia que era perigoso demais para ele. Mas como era um garoto curioso subiu até onde pode naquele enorme lugar de sete cores maravilhosas e brilhantes. Não conseguiu acreditar no que viu lá de cima. Atrás de onde estava viu cogumelilite, destruída, acabada e percebeu que não teria futuro ali. Olhou para frente e viu uma bela cidade toda feita de ouro, não conseguiu se quer pensar correu de encontro aquele lugar de um dourado incomum. Ele só não esperava que ao atravessar o arco-íris trocaria de sexo. É! Ele se lembra agora a sua avó tinha comentado algo com ele de fato, mas acreditava ser apenas algum tipo de lenda para que ninguém atravessasse e encontrasse aquela cidade incomum. Não se importou. Afinal,estava rico agora, e nada mais importava. Correu para uma loja de doces que tinha lá e observou, não tinha dinheiro para comprar nada. Mas que bobagem a dele, era só pegar uma folha de uma árvore e comprar seus tão sonhados doces.
À noite chegou e estava frio, nunca tinha sentido aquilo seu vilarejo era sempre quente e aconchegante, não se importou e dormiu em uma esquina qualquer.
Alguns dias depois teve a oportunidade de se olhar em um espelho e viu que não tinha mais o rosto de um garoto de oito anos e sim de trinta, porém, sua beleza e juventude ainda continuavam presentes. Mas isso era loucura ele tinha certeza que só estava lá há no máximo quatro dias, aquela cidade era bela, bela e amaldiçoada. Correu em direção ao arco-íris que ainda estava lá e o atravessou. Teve suas lembranças de volta e sua sexualidade também, mas o seu vilarejo havia desaparecido e seus trinta e poucos anos aparentes continuavam lá, lembrou-se que tinha uma avó e sentiu saudades dela, como fora egoísta. Foi em direção a sua antiga casa e onde antes tinha um enorme cogumelo, agora tinha um pequeno que começava a crescer. Recomeçaria sua vida ali, sozinho, por ter pensado apenas em si."
texto: emanuela =]

domingo, 4 de maio de 2008

Aparência

Não era um menino qualquer. Talvez, aparentemente, igual a qualquer outro. Mas, ela sabia que não, tinha algo mais. Não tinha medo de mostrar como se sentia, estava sempre com o seu sorriso sincero no rosto e com seus cabelos castanhos desgrenhados cobrindo-lhe os olhos. Tinha acabado de completar 17 anos e não aparentava nem mais nem menos, era alto e acreditava ser forte. Tinha um sonho, e ela o invejava por isso. Dizer que se tem um é fácil, difícil é tê-lo de verdade ou realmente desejá-lo. Sabia proporcionar as melhores gargalhadas que alguém poderia ter. Seus olhos observavam tudo, mas não comentava o que via guardava para si. Confiava nele, aquele garoto que mal conhecia e ao mesmo tempo parecia conviver a anos, mas mesmo assim não era capaz de dizer completamente como ele era, queria ser capaz de dizer mais. De demonstrar como ele era engraçado e diferente, como aquela maneira de falar e de olhar a deixava mais contente e como em tão pouco tempo, não era mais um estranho e sim um conhecido de anos.

domingo, 27 de abril de 2008

som

O baixo era o instrumento de maior agrado para ela. Seguido da guitarra e da batéria, sentia cada um deles como se trabalhassem separados. Juntos formavam estilos e gostos diferentes. Quando ouvia algumas lembrava de coisas e lugares como se estivesse lá, outras eram capazes de leva-la a lugares onde jamais esteve e em épocas diferentes. Se sentia tão bem que seria capaz de levar hras só ouvindo-as, dedicando-se apenas a elas. Quando tocava o violão que ganhara do seu pai, cada corda tinha um som diferente, ouvia cada uma várias vezes, para primeiro senti-las e depois junta-las criando um novo som que a deixava em outro lugar, um lugar onde era apenas ela e a musica.

dedicado a: Victor =]
Texto de: Emanuela

Ficava na janela só para poder sentir aquela leve brisa que batia no seu pêlo fazendo-0 voar. Não podia mais ver já fizia um ano. Mas, ainda podia sentir e ouvir tudo que se passava ao seu redor e lá fora, naquele mundo imenso. Não lembrava mais como eram aquelas pessoas que o rodiavam, porém, sabia destinguilas .
Quando a brisa o tocava, levantava a cabeça como se ela o dissesse algo de extrema importância e ouvia tudo com muita atenção. Depois, fazia um 'sim' com a cabeça como quem diz que entendeu e retornava ao seu posto. Abanava o seu pequeno e felpudo rabo branco, quando diziam algo que o agradava ou sentia alguém desejado por perto. Junto com o seu rabo suas patas acompanhavam o rápido compasso, com um sapateado louco.

Texto de: emanuela

quarta-feira, 23 de abril de 2008

cotidiano

Acordou naquela manhã com a idéia de que seria um dia comum, sem surpresas. Olhou o relógio e como sempre, estava atrasado. Levantou da cama, tocou primeiro um pé, depois o outro como se quisesse ter certeza de que já tinha acordado. Andou sonolento até o banheiro e tomou um banho demorado, olhou-se no espelho, mas não se viu e sim o que estava por dentro: vazio. Desceu e tomou um café forçado, odiava aquele gosto amargo, podia colocar mais açucar que café e mesmo assim continuaria amargo. Saiu sem dar atenção a ninguem em direção ao ponto de ônibus, sempre esperava naquele ponto durante horas, mas naquele dia não, demorou apenas o suficiente para ficar irritado e ter certeza que era um dia igual a todos.
Chegou na imprensa 30 minutos atrasado, como sempre, sentou e começou a digitar idéias inuteis que se passavam pela sua cabeça, levou uma grande bronca do seu patrão recatado, apenas ouviu e continuou a digitar. Todos sairam para almoçar, mas como sempre ficou lá digitanto, acabou a hora do almoço, hora de ir embora, pegou suas coisas e saiu, era quase um fantasma. Separou dois reais para o ônibus e dois reais para os meninos que o assaltavam todo o dia ao mesmo horário, mas naquele dia, como sempre, eles levaram todos os quatro reais, tendo que voltar para casa a pé. Exausto, comeu, tomou um belo banho e sentou-se na cama, teve a certeza de uma coisa : foi um dia comum e sem surpresas.

terça-feira, 22 de abril de 2008

consequência


Pisou naquela terra macia e molhada, sua sandália, vermelha, cara e de muito bom gosto, mergulhava em um compasso rápido e desengonçado na terra. Ela não andava porque queria e sim porque fora obrigada, caira diversas vezes no chão e sentira um certo ardor nos joelhos já cansados de depositar todo o peso do corpo sobre eles. Não podia ver, pois seus olhos estavam cobertos por uma venda, mas podia sentir o cheiro de grama humida e do inverno que ainda se mostrava presente.
Durante aquele longo percurso, com pessoas que não sabia, o nome, nem o que queriam, sentiu medo, não era uma garota qualquer, acreditava, pois nunca tinha se sentido ameaçada a tal ponto. Queria saber o que queriam. Afinal, quem seria capaz de machucar uma garota tão doce e amigavel? Certo, talvez não tão amigavel assim, não tinha amigos e nem os desejava, total perda de tempo. Mas, naquela hora desejou, pensou que se talvez não fosse tão arrogante, não seria tão odiada e não estaria ali, seus pensamentos foram rompidos por um grande impurrão que a fez sentar, estava com as mão livres mas teve medo de move-las, perguntou o que queriam mas a unica coisa que teve como resposta foi o eco da sua voz. Tirou a venda, mas mesmo assim continuava escuro, só com a luz da lua conseguiu perceber onde estava: em um enorme cemitério, sombrio e o silêncio só não era completo por sua respiração ofegante, estava sozinha, sem ninguém. Pensou nas possibilidades de pessoas que talvez tivessem a trazido ali e chegou a uma conclusão : sua conciência
Texto: Emanuela

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Baile de mascaras




Tatiana acabara de completar 16 anos, estava no meio de uma enorme festa, onde todos se divertiam, todos menos ela, nem parecia ser seu aniversário. Convidara todos os colegas e amigos que seus pais quiseram, aquela festa não passava de negocíos. Seu melhor amigo não fora chamado, pois seus pais não permitiram que aquele garoto excentrico, e que eles acreditavam ser uma pessima influência, participasse de uma festa aparentemente perfeita.
Não aguentava mais, tinha que sair daquele lugar. Tinha passado várias vezes na frente do espelho, mas só agora reparava como estava bela, o longo vestido azul anil com detalhes brancos lhe dava um certo charme, seus longos cabelos pretos e ondulados pareciam ter volume essa noite, seus olhos pequenos estavam cobertos com uma maquiagem forte, aquilo não era ela. Agora, mais do que nunca queria fugir, correndo. "Psiu" foi oque ela ouviu, olhou de um lado para o outro à procura daquele som. "Psiu" tornou a chamar, olhou em direção ao portão e viu lucas, seu amigo, o sorriso se escancarou o primeiro verdadeiro da noite[...]




Titulo dado por: Tatiana

Texto: Emanuela

terça-feira, 15 de abril de 2008

Tic-Tac


Estou correndo muito, mas não saio do lugar, algo me persegue. Olho para trás e não vejo nada só escuridão. Porém, ouço "tic-tac", ele está próximo.
De um lado para outro eu observo e continuo a correr inutilmente, “tic-tac” perto demais agora, olho novamente para trás, consigo enxergar formas conhecidas agora, mas não sei distinguir o que. Paro a corrida sem destino e analiso a forma que começa a ganhar sentido: números! Um enorme relógio de ouro branco, distorcido completamente, corre em minha direção, dou um passo à frente e caio. Acordo em um enorme rio, um rio... marrom? olho assustada, penso: "Um enorme rio de chocolate!" mas talvez aquele sonho ainda não tivesse chegado tão longe assim, era apenas café. Aquele sonho estava ficando ruim demais, como acordar? talvez um pouco de café amargo me leve de volta para a realidade. Bebi e como um impulso acordei na mesa gelada da escola. Olhei, talvez o café não estivesse tão ruim assim. Doce realidade.
Quadro: Salvador Dali
Texto: Emanuela

sábado, 12 de abril de 2008

perceba .


Ficamos trancados na cidade, tendo a impressão de que o mundo é só aquilo, prédios, pessoas chatas, jornais, problemas e sujeira. Até que um dia decidimos sair de férias e procuramos o lugar perfeito, e tem que ser de fato perfeito. Então, viajamos e quando chegamos ao destino ficamos maravilhados, como existe um lugar desses e não tinhamos percebido antes, e pensamos que não somos nada em relação ao universso e como os nossos problemas são imperceptiveis comparado a grandeza do que estamos a observar. E então tudo que você pensava a segundos atrás simplismente se esvazia da nossa mente e começa a se sentir bem, mais bonita(o) e diferente. Percebemos que a vida não tem nada a ver com que as pessoas acham que sabem, ou qual é o sentido da palavra verdade. Verdade pra quem? pra você? talvez não seja pra mim. E nem sempre oque dizem está certo, até o melhores podem dizer coisas que talvez não concordemos. Afinal, cada um pensa e se sente diferente em relação a algo e ser igual ao outro não vale apena ser diferente é muito mais interessante.
por Emanuela ;*

sexta-feira, 11 de abril de 2008

iguana ;)

" I, I’m a one way motorway,I’m a road that drives away, then follows you back home.I, I’m a street light shining,I’m a white light blinding bright, burning off alone.
It’s times like these you learn to live again,It’s times like these you give and give again.It’s times like these you learn to love again,It’s times like these time and time again.
I, I’m a new day rising,I'm a brand new sky that hang the stars upon tonight.I, I’m a little divided,Do I stay or run away and leave it all behind " (foo fighters;)


foto: Emanuela



gatitos : )


Há tempos


O tempo muda muita coisa e separa pessoas. mas, quero ter você sempre que possivel comigo.

=]


Convivemos com pessoas durante anos, praticamente todos os dias temos que olhar para elas e simplismente não sabemos nada, não sabemos como elas são de verdade, qual é o seu sabor de sorvete preferido, a cor, roupa que mais combina com ela. Ai, simplismente, aparece uma pessoa que nunca vimos na vida nunca nem pensariamos em conheçe-la e em semanas sabemos tudo e é realmente fantástico como isso acontece e fica tão bom... como as coisas foram acontecendo e em que intensidade foi se desenvolvendo. Mas, as vezes, com a mesma velocidade que começou ela vai. Muitas pessoas dizem que isso acontece porque nunca foi de verdade. Eu digo que não é bem assim, muitas vezes acaba porque as pessoas mudam e começam a ter interesses diferente. Nem por isso, a amizade nunca foi de verdade só não durou o tempo que você imaginou que iria durar. Mas, depois de um tempo, você entende que a vida é assim, alguns vão outros ficam depois vão também.

Emanuela ;*